sexta-feira, 3 de junho de 2011

O último vestígio

Hoje me desfiz do último objeto que me remetia aos tempos felizes que vivemos.
Joguei fora a caixa cheia de pétalas de rosas que trazia dentro dela o último presente que você me deu há mais de quatro anos atrás. Presente esse que nos submeteu a uma reconciliação, que não passou de uma recaída que logo depois teve fim.

Cada um seguiu a sua vida, com suas escolhas e seus amores.

Sei que estás feliz, posso lhe garantir que também estou. Mas sempre será uma alegria revê-lo, abraçá-lo, afinal você foi parte importante da minha vida: Meu primeiro amor.

Apesar de não haver mais aquela paixão doce juvenil que embalou nossa adolescência, a amizade permaneceu, e é esse sentimento que fez com que as angústias não nos afastasse, e ao contrário de muitos casais, não terminamos brigados e em nenhum instante o rancor existiu, e nem desejamos o mal um para o outro.

A maior prova de amor que existiu entre a gente, é que independentemente de tudo que aconteceu, o que nos importa é se o outro está feliz.

Você sempre estará no meu coração, e és muito especial pra mim, mesmo nós nunca mais nos desejando como há mais de quatro anos atrás.

Quero sempre o seu bem, e sempre vou querer, mas não preciso mais das pétalas de rosas ressecadas dentro de uma caixa que me trazia uma lembrança feliz, que eu tenho certeza que não voltarão jamais.


Compositora ♫