quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A tal Maria


Menina de um mau-humor matinal surpreendente, quando ela acorda de bom humor é motivo de alerta e estranhamento, mas depois de achar ruim o fato de levantar cedo ela consegue esbanjar alegria, simpatia, e umas idéias que são fora do comum.

Maria!

É assim que chamam essa pessoa que tweeta todos os dias com o Nick @AquelaMaria, mas não é qualquer uma, é aquela que Xinga, ri, comenta crise política no Oriente Médio, declara amor por si propria, joga strip poker sozinha termina pelada e falida.

Mas poucos conhecem a Maria dos bastidores, aquela por trás do twitter, aquela que eu faço muito gosto em dizer que conheço (e muito bem) e que é uma grande amiga, uma pessoa que realmente fico feliz em saber que faço parte da vida dela e de tê-la em meu convívio. Mesmo que distante, e mesmo que os contatos sejam apenas virtuais ou pelo telefone (cujo chip da Tim foi eu que dei).

Perguntei o que ela queria de presente, pensei que ela me pediria coisas impossíveis, como um iate, uma viagem pra Disney, um carro de luxo, ou uma moto 350. Coisas que com certeza eu não poderia dar por serem coisas fora do meu orçamento. Mas ela me surpreendeu pedindo um abraço. E esse sim, ta impossível de entregar na data...

Amiga, te desejo mais uma vez os parabéns. Você bem sabe que eu só desejo coisas boas na sua vida, e você é merecedora porque conheço muito bem a pessoa esforçada, inteligente e dedicada que existe por trás dos tweets.

Conte sempre comigo (como você já tem feito), e saiba que mesmo distante você sempre terá aqui uma grande amiga.

Beijos.



Compositora ♫

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A Dinha







Muito antes do Bolinho de Arroz ela já era a minha Dinha. Aquela que me deu broncas, conselhos, tapas carinhosos (hematomas de 3 dias), tapas doídos (hematomas de 10 dias), abraços aconchegantes, me fez peitar a vida, me trouxe alegria, me trouxe amigos, e se hoje estou aqui escrevendo nesse blog eu devo a ela, que me fez voltar a escrever, ressuscitando a minha intimidade com as palavras.

No início eu não ia com a cara dela, afinal dividíamos a atenção de uma amiga em comum, até que um dia aquela moça sorridente sentou ao meu lado na van, descobrimos coisas em comum, como o fato de ela ser madrinha de consideração da minha madrinha de Crisma, daí então comecei a chamá-la de “Madrinha de Segundo Grau”. Nosso gosto por músicas e textos nos aproximou, e rapidamente surgiu uma amizade forte, onde ela deixou de ser minha madrinha por ser madrinha da minha madrinha, e passou a ser a minha Dinha e assim os segredos começaram a ser compartilhados.

Ai de mim se mim se esquecer de tomar a benção. Desobedecer então? Jamais. Quando ta tudo bem me chama de “Nem” (segundo ela abreviação de neném), mas às vezes ela me chama pelo meu nome composto, e isso geralmente vem com um tom de voz não muito agradável.

Ela apareceu na minha vida num momento que eu me sentia sozinha, sem amigos. E ela tem a capacidade de me erguer, me dar força, confiar no meu potencial e evidenciar as coisas simples que eu faço, como escrever um texto, tocar violão ou compor uma música.

Eu a amo muito, demais, de uma forma com que milhares e milhares de palavras jamais serão capazes de traduzir, mas eu aprendi que o meu amor será sempre menor do que o que ela sente por mim, pois é incondicional. E aí de mim se duvidar disso!

Minha amiga na hora da raiva, conselheira na hora das lágrimas, mãe na hora dos ralas, parceira na hora das farras, ela consegue ser muitas em uma só.

Jamais existirão denominações suficientes para descrever pessoa tão maravilhosa.

Eu chamo de Dinha, e isso já resume muita coisa.



Compositora ♫

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Antes do clarão!


A noite era chuvosa, na cama estreita apenas eu e você. Era tarde e o sono com certeza dominava, mas não precisávamos de nada mais além do fato de estarmos dividindo a mesma cama, que estaríamos ali naquela noite eu e você, você e eu.

Dormíamos de mãos dadas, até que você veio me abraçar, e o frio causado pela chuva lá fora se dissipava graças ao calor do teu corpo.

Você dormia intensamente.

Mas ter você ali tão perto, num contato tão gostoso e inocente, tirou meu sono. Eu preferi admirar sua beleza. Você ali, tão frágil, tão inocente, numa beleza singela, onde se admira não só com os olhos, mas com o coração.

Eu era seu ponto de apoio. O seu aconchego. Por mais que os trovões fossem fortes e assustadores, você apenas se ajeitava para ficar mais confortável, mas sem me soltar, sem sair de perto de mim, como que com um receio do frio, como se você precisasse do calor do meu corpo para se sentir em total segurança.

Fiquei com você ali, te vendo dormir.

Você não percebia nada, mas eu acariciava seus cabelos, passava a mão em teu rosto, beijava sua face, suavemente. Não queria lhe acordar, mas queria aproveitar aquele momento em que você estava totalmente sem reação...

De repente um clarão invadiu a janela, seguido de um trovão estrondoso e apavorante, me virei para ver o clarão...

Nisso me deparei com a minha janela, em meus braços um coração de pelúcia.

A chuva era real, mas você ali comigo não.

Acho que sonhei. Não faço isso com freqüência, mas só há essa explicação para o que aconteceu.

Acordei feliz, pois mesmo sendo sonho, por um momento eu senti você do meu lado, assim como eu desejo todos os dias.


Compositora ♫

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O tênis e a sandália debaixo da porta

Baseado em um fato real, que eu agradeço todos os dias por não ter sido comigo.



Era chegado o grande dia, depois de muita insistência, ela enfim ficaria comigo, deixou de lado o trouxa do namorado e sabia que aqui comigo ela encontraria o carinho que ele nunca soube dar.

Marcamos nos shopping num horário pouco movimentado, deixei de lado minhas camisetas largadas e pus uma blusa mais bonitinha, dei uma limpada boa no tênis e segui de encontro a ela.

Encontrei aquela moça toda linda, com uma maquiagem suave e tão feminina que me fazia sentir o mais macho das mulheres. Conversamos um pouco, mas a nossa vontade de ficarmos a sós já era visível, e meu cúmplice caiu na real que era hora de inventar uma desculpa. Ele disse que ia comprar algo, e eu falei que precisava ir ao banheiro, e ela completou dizendo que me acompanharia.

Todos nós três sabíamos que aquelas frases não enganavam ninguém. Entramos no banheiro vazio e ocupamos o Box mais espaçoso, foi difícil conter a vontade de beijá-la, ha quanto tempo eu desejava aquilo, estava tudo muito bom...

O clima foi esquentando, e sem sinais de vida dentro daquele banheiro, as carícias foram ficando mais quentes e intensas, eu sentia que aquela tarde seria rentável e compensatória, foram meses esperando por aquele momento, com aquela pessoa.

- Preciso limpar o chão – disse uma voz do lado de fora.
- Vou demorar – disse a minha linda no susto.

Era uma das faxineiras do shopping, nos assustando e jogando um balde de água fria no nosso momento.

- Mas eu preciso limpar agora, só falta esse banheiro pra eu ir embora.
- Volta daqui a pouco, vou demorar.
- Quem ta aí com você?
- Ninguém!?
- Então eu to enxergando demais, porque eu to vendo um tênis e uma sandália.
- Me ajuda, o quê que eu faço?
– sussurrou ela perguntando pra mim.

Eu estava num estado de choque tão grande que só consegui rir, e rir muito, e sem nenhuma outra idéia melhor, dei a única opção que a gente tinha:

- Vamos sair daqui.

E saímos, eu e a faxineira rindo horrores, enquanto a minha menina tentava justificar em vão.


- Calma meninas, estou acostumada com isso. Vão para o banheiro do piso de baixo, lá o movimento é menor e vocês provavelmente não serão interrompidas.

Aquele comentário nos chocou, mas não disse nada, saí do banheiro rumo ao piso inferior enquanto a faxineira e a minha moça trocavam justificativas e dispensa de desculpas.

Continuamos ficando no outro banheiro, mas o clima criado no piso superior tinha sumido, porque aquela situação tinha literalmente brochado ambas, ela ficou muito nervosa, e eu fico rindo até hoje toda vez que eu lembro.

Depois disso não ficamos mais, mas com certeza foi inesquecível.




Escrito por Compositora ♫

E as aventuras no Bolinho de Arroz não param.

As férias chegaram (para alguns), e a Família Bolinho de Arroz meio que se dissipou, cada um no seu canto, no seu quadrado, mas quem sabe isso esteja acontecendo só porque não nos vemos mais todos os dias?

Mas quem disse que não nos vermos e não nos encontrarmos significa que as aventuras acabaram, afinal, o Bolinho de Arroz continua a dar problemas, seja causada por problemas do próprio veículo, ou de quem está no banco do motorista.

Um dia desses a chuva estava forte e me dirigi para a faculdade para fazer uma daquelas [ironia] lindas e fofas [/ironia] provas substitutivas. Enquanto estava a caminho da faculdade, uma fumaça no painel me assustou, mas não vi diferença nenhuma. Quando eu estava quase a chegar a meu destino, o limpador de pára-brisa pára de funcionar, a seta não funciona também, e então pensei: FU!

Como ainda estava claro, cheguei à faculdade sem muitas dificuldades, mas na hora de ir embora a coisa ficou feia, e em uma das paradas o @JP_Galvao deu uma de flanelinha e secou o pára-brisa com algumas flanelas existentes no carro. Mas a chuva continuou.

Fui deixar uns livros na casa da @Dear_Saah, e com o vidro todo molhado, partimos pra ignorância e pegamos o rodo do banheiro para secar o pára-brisa. Mas a chuva continuou.

Parei na casa da @elisabethmamede e enquanto eu estive lá, a chuva caiu bonito, e na hora de ir embora, ela pegou aqueles rodinhos de rapar pia de banheiro, e como quem pincela um quadro ela rapou o pára-brisa todinho e ainda retocou as gotas que ficaram (haja tempo e paciência). E depois não choveu mais.

Mas o comentário dos limpadores de pára-brisa do Bolinho de Arroz são freqüentes, e sempre trazem risos e lembranças boas não só destes episódios, mas de todos aqueles que fizeram de um carro o motivo pra se formar uma família, e essa família foi uma das melhores coisas que me aconteceu.

E que venham mais coisas loucas.



Compositora ♫

domingo, 12 de dezembro de 2010

A carta de um bígamo


Sinto meu coração dividido entre dois amores...

Não me peça para distinguir qual é maior, ou qual é mais importante. São amores diferentes com a mesma intensidade.

Nem pela lei dos homens, nem pela lei de Deus eu posso viver dois amores, mesmo que meu coração jamais seja capaz de escolher entre os tais. Para resolver essa minha angústia que jamais se finda, apenas tendo as duas pessoas que eu amo ao meu lado.

Não sou nem um tipo de cafageste, nem faço isso para enganar ninguém, faço isso por amor, mas meu coração bígamo é incompreendido, pois ninguém entende e nem aceita que um coração possa acolher e amar duas pessoas.

Ah, como eu queria que vivêssemos nós três em harmonia, não faltaria amor e seria um amor igual, sem distinção, sem discriminação. Mas isso jamais ocorreria, pois não poderíamos sair nós três juntos andando de mãos dadas passeando por entre as pessoas, nessa sociedade-casal, somos obrigados a limitar o nosso amor.

Não me xingue, não me apedreje, nem me condene, pois você do lado de fora jamais entenderá que quem mais sofre com tudo isso sou eu mesmo, com esse coração totalmente dividido e sem nenhum motivo pra fazer escolhas.

Sei que tudo isso é errado, e não queria ser assim, mas é como se fosse instinto, me perdoe se não consigo ser de outra forma a não ser assim.

Escrevo essa carta para que possam me entender, sei que não estou sozinho neste mundo, e não me acho no direito de fazer isso por esse ou por aquele motivo, isso vai muito além da compreensão de quem jamais amou ou vai amar duas pessoas com a beleza do romance e o fogo da paixão. Isso é sim possível, e acontece mais do que você imagina, mas infelizmente somos obrigados a machucar nossos corações por uma sociedade que pode até entender de ética, moral e bons costumes, mas raramente entende de sentimentos.


Bígamo 



sábado, 11 de dezembro de 2010

E o bolinho de arroz ficou menor...

Era pra ser apenas uma viagem comum, daquelas que tem ida e volta.

Enquanto a ida tudo bem, mas a volta foi bem depois do tempo previsto, mas mesmo com a volta a presença ainda não existia e o sumiço nos deixava preocupados, angustiados e logicamente com uma saudade imensa...

Antes mesmo do reencontro, a notícia... ela não tinha voltado, ela ainda ia voltar, porque agora o destino dela era outro.


A tia, a irmã, a razão de andarmos procurando botecos em plena segunda-feira, a salvadora de assoalhos após passarmos em cima de tartarugas, aquela que tentou me esconder o que eu já sabia, aquela que falava "vamos tomar só uma" e sempre fazia a gente tomar algumas, aquela que nos mostrou que a vida tem que ser levada a sério, mas só de vez em quando, aquela que nos apresentou a linguiça ardida...

Tantas histórias em tão pouco tempo de convivência (pelo menos comigo)
Detras da menina louca, pirada e inconsequente, havia uma grande amiga que cumpria muito bem o papel de tia naquela família formada de uma forma um tanto quanto peculiar...

Não nos despedimos,
mas não reclamo por isso, foi melhor assim, porque segurei as lágrimas muitas vezes sempre que me lembrava que você estava partindo, e mais ainda depois que você partiu.

Estamos distantes, mas vamos nos ver. Você prometeu não sumir das nossas vidas, mas não vai ser a mesma coisa, pois você não estará no nosso convívio diário, e por isso já está fazendo falta.

É tia, sou emotiva sim, pois existem pessoas que eu sei que valem a pena eu deixar esse meu jeito durão e insensível, e com certeza uma delas é você.

Eu, e toda a Família Bolinho de Arroz estamos sentindo muito a sua falta, e vamos cobrar as visitas mensais que você nos prometeu, incluindo o niver da Dinha Pri e o meu noivado.

A gente (de modo especial eu) te ama muito, tanto que deixamos você ir, pois mais vale você feliz distante do que tristonha por perto.


ái lóvi iú pra xuxu ♥


Compositora ♫