domingo, 24 de janeiro de 2010

O bilhete

E daí que não deu certo? Ninguém nunca disse mesmo que era pra sempre. Na verdade, dissemos sim - eu e você - por diversas vezes. mais talvez fosse um " pra sempre " incompleto; ou quem sabe ele fosse tão diferente quanto nós.
Aprendi com a nossa vaga estória que os finais não precisam ser tão trágicos e dramáticos como nas minhas narrativas que você nunca gostou de verdade.
Somos tão diferentes... e ainda assim tivemos a coragem de tentar. Acertamos nas escolhas dos números, porém alguém errou ao jogar os dados. Sempre achei que um deles tinha ficado embaixo daquele sofá azul onde conversamos pela primeira vez.
A paixão - ou seja lá o nome que isso tem - deve mesmo ter prazo de validade. Ao menos é maior que a garantia de vários objetos ( até mesmo da nossa cama, que nunca foi minha ) pena que não é uma SempToshiba.
Se eu vou sentir saudades? Claro que sim. Esse seu jeito dócil e meigo me fará tanta falta quanto o meu AllStar velho, sujo e rabiscado que você tanto odiava. Só que isso não é motivo para uma segunda tentativa; ou seria a quarta?
" E os nossos planos? " você perguntaria com lágrimas nos olhos. A questão é que eles agora não me servem mais. São como sapatos antigos, com dois números a menos.
Se eu já tenho outra outra pessoa? Já, e ela gosta de me ouvir cantar. E também não me acha tão fria...

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